Bambu-mossô

Bambu-mossô

O bambu-mossô é um tipo de bambu com rizoma leptomorfo (rizoma de bosque), ou seja, não forma touceiras como a maioria dos bambus, mas permite que se ande pelos espaços abertos. Os que formam touceiras têm o rizoma paquimorfo (rizoma de moita). Originário da Ásia (China), veio para o Brasil durante a colonização, razão pela qual pode ser encontrado em muitos lugares do país, ainda mais considerando que se adapta aos mais diversos climas e altitudes. Sua floração dificilmente pode ser vista. Nesta espécie, ocorre a cada 67 anos. Algumas outra espécies demoram mais de cem anos. Logo após sua floração, todo o bosque ou touceira morre por gastar todos seus nutrientes.

O bambu-mossô prefere solos bem permeáveis e férteis, principalmente quando novos. Desenvolve-se melhor a sol-pleno e tolera interiores, desde que bem iluminados. As regas devem ser semanais. Reproduz-se pela emissão de novos colmos pelo rizoma, que interliga muitos colmos entre si. Por isso, os primeiros colmos são mais finos e à medida que o número de colmos aumenta, sua grossura e altura também aumentam. A grossura da base da nova brotação será sua grossura definitiva e, assim que soltar as primeiras folhas, não crescerá mais em altura.

Dificilmente desenvolve o rizoma quando plantado em vasos de interiores. Plantado em jardins, seu rizoma produzirá novos colmos e outros rizomas nos três primeiros anos. Em campo aberto, cresce até cerca de 10 a 20 metros em linha reta e vive em média 12 anos. Os exemplares curvilíneos que encontramos à venda são curvados pelas mãos humanas ainda novos para efeitos estéticos. Seus brotos servem de alimento na cozinha oriental, principalmente os desta espécie. O prato se chama take-no-kô e é facilmente preparado após duas fervuras com trocas da água. Após a segunda fervura, elimina-se a água, quando poderá receber o tempero a gosto ou a base de shoyu (molho de soja).